Entre os dias 21 e 25 de julho de 2025, realizou-se em Manaus, Brasil, o VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, sob o tema “Educação ambiental e ação local: respostas à emergência climática, justiça ambiental, democracia e bem viver”. A delegação portuguesa foi liderada por Cristina Matos, Chefe de Missão Adjunta da Embaixada de Portugal em Brasília, e contou com representantes da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Agência para o Clima (ApC), Organizações Não Governamentais de Ambiente, Academia e Sociedade Civil.
A abertura do Congresso foi presidida pela Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, contando também com a presença da Ministra do Ambiente de Angola, Ana Paula de Carvalho Pereira, do Ministro do Ensino Superior, Ciência e Cultura de Timor-Leste, José Honório da Costa Pereira Jerónimo, e do Secretário de Estado da Terra e Ambiente de Moçambique, Gustavo Sobrinho Djedje.
Portugal, nesta edição, reforçou o seu compromisso com a cooperação lusófona ao financiar, através de um projeto junto da CPLP, a realização de um curso de Educação Ambiental paralelo ao Congresso, garantindo ainda a participação de um técnico de cada um dos países africanos de língua portuguesa e Timor-Leste. Graças aos cursos ministrados pela APA sobre Educação Ambiental e Avaliação de Impacte Ambiental, mais de 200 técnicos da CPLP foram formados até à presente edição.
Os representantes da APA e da ApC assumiram papel ativo na moderação dos painéis “Educação ambiental e desenvolvimento humano: os direitos fundamentais” e “Educação ambiental e respostas sociais e ambientais – sociobiodiversidade, ancestralidade, comunidades tradicionais e grupos em situação de invisibilidade e vulnerabilidade”, além de apresentarem comunicações sobre os trabalhos em curso no domínio da Educação Ambiental e do Fundo Ambiental de Portugal.
A Agência para o Clima, a convite da Fundação Brasileira de Educação Ambiental, integrou o “Círculo de Diálogos: O financiamento da Educação Ambiental nas comunidades e países de língua portuguesa – desafios e oportunidades na agenda do clima e da biodiversidade”. Nesta sessão, partilhou a experiência do Fundo Ambiental de Portugal no apoio a projetos de cooperação internacional, ao mesmo tempo em que teve a oportunidade de conhecer a realidade e os desafios enfrentados pelos demais países lusófonos no financiamento de seus projetos ambientais.
Ao término do VIII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, foi oficialmente subscrita a “Carta de Manaus”, documento que consolida os compromissos assumidos durante o evento. Pela primeira vez na história do Congresso, foram anunciados antecipadamente os países anfitriões das próximas duas edições: Timor-Leste sediará o encontro em 2027 e Angola será o palco do evento em 2029. A decisão reflete o fortalecimento da articulação lusófona e o compromisso conjunto em prol da educação ambiental e da cooperação internacional na área.



